Tipos de empréstimos mais comuns no Brasil: entenda suas opções e como funcionam

Existem vários tipos de empréstimos disponíveis no mercado nacional. Isso porque, o brasileiro costuma recorrer a essa modalidade de crédito para situações urgentes, ou quando necessita financiar um imóvel, veículo e até mesmo seus estudos.
A escolha de buscar um empréstimo pode ser uma boa solução para realizar um projeto ou um sonho e lidar com imprevistos, principalmente durante uma crise. É também uma alternativa para quem se planeja para sair das dívidas, entretanto, aqui, é preciso cuidado para não se tornar um ciclo vicioso.
E como existem diversas situações que um crédito é uma boa solução, existem diferentes modalidades de empréstimos. Com isso, é normal surgir dúvidas a respeito de qual é a opção mais adequada para as suas necessidades.
É provável que já conheça ou ouviu falar de algumas das modalidades mais comuns. Contudo, outras opções podem ser até mais vantajosas, isso, claro, depende do que procura.
Antes disso, é importante analisar se realmente vale a pena contratar um empréstimo!
Então, vale a pena pedir empréstimo?
Para algumas pessoas, um empréstimo pode se tornar um vilão do orçamento, já que, a má gestão, pode levar a uma bola de neve de dívidas. Entretanto, a verdade é que isso depende de planejamento e conhecimento sobre os tipos de crédito, os prazos de pagamento, as taxas e os juros envolvidos.
Um empréstimo pessoal, consignado ou a antecipação de um valor a ser recebido pode ser um aliado para tirar um projeto da gaveta e lidar com situações imprevistas. Um empréstimo também pode se tornar uma boa solução na hora de realizar aquele sonho da casa própria.
Além disso, quando já existem diferentes dívidas, também há alternativas de crédito que podem aliviar a carga, porque são mais baratas e acessíveis que a dívida anterior. Mas tudo isso precisa ser analisado com calma e, às vezes, até mesmo pedir a orientação de um profissional.
O ideal é pesquisar sobre o assunto, antes de contratar quaisquer operações de crédito, a fim de identificar quais modalidades se encaixam melhor em seu perfil e seu objetivo. Também é importante comparar as instituições financeiras, buscando as melhores condições.
Normalmente, considerando a taxa de juros, normalmente os empréstimos que mais compensam são o consignado e os com garantias, que têm taxas mais baixas.
Entretanto, para que o empréstimo não se torne um vilão no orçamento, é importante manter a organização das finanças e fazer um bom planejamento financeiro.
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Tipos de empréstimo disponíveis
Abaixo, conheça as principais opções e mais detalhes sobre quais os tipos de crédito existentes.
- Empréstimo pessoal;
- Empréstimo consignado;
- Empréstimo rotativo;
- Cheque especial;
- Empréstimo estudantil;
- Financiamento de imóvel ou veículo;.
- Antecipação da restituição do IR ou do 13º salário;
- Empréstimo para pessoas jurídicas e microempreendedores.
1. Empréstimo pessoal
Um empréstimo pessoal é um tipo de crédito concedido por uma instituição financeira, seja banco ou agência financeira, a uma pessoa física. O valor do empréstimo é liberado em uma única parcela, e deve ser pago em parcelas mensais, acrescidas de juros e outros encargos. Nesse tipo de crédito, o dinheiro emprestado pode ser utilizado da forma que o contratante desejar.
A contratação é geralmente rápida e acessível e muitas instituições oferecem a opção de fazer o procedimento online. Os empréstimos pessoais podem ser classificados de acordo com o prazo de pagamento, valor do empréstimo, finalidade do empréstimo ou forma de pagamento.
O processo de solicitação envolve a entrega de documentos à instituição, que realiza uma análise de crédito para verificar a capacidade de pagamento do solicitante, considerando seus hábitos de consumo e histórico de pagamento. Em geral, o empréstimo pessoal é pouco burocrático, exigindo poucos documentos.
Apesar dessas facilidades, é crucial estar atento às taxas de juros, que podem ser altas devido ao risco de inadimplência, e ao prazo de pagamento, que pode variar.
Dentro da categoria de empréstimo pessoal, existe a modalidade débito na conta de luz, que é especialmente procurada por clientes negativados. Esta modalidade é considerada mais segura para a instituição credora, uma vez que a conta de luz raramente deixa de ser paga.
Empréstimo pessoal com garantia
Esse tipo de empréstimo funciona de forma parecida com o pessoal, porém, exige que seja entregue um bem como garantia para o pagamento, como um carro ou uma casa. Os empréstimos com garantia geralmente têm taxas de juros mais baixas do que os empréstimos pessoais ou até mesmo consignados, já que o credor tem uma garantia de pagamento.
Essa modalidade é uma ótima opção, inclusive, para aqueles que estão com nome negativado, desempregados, autônomos, ou até mesmo assalariados, uma vez que a probabilidade de inadimplência diminui. Ainda devido a ter um bem como garantia do pagamento do empréstimo, as taxas de juros dessa modalidade costumam ser menores.
Entretanto, como qualquer outro crédito, é preciso tomar cuidado, porque o atraso do parcelas pode levar à perda do bem.
2. Empréstimo consignado
Um empréstimo consignado é uma modalidade de crédito em que as parcelas são descontadas diretamente do salário ou benefício previdenciário do tomador. Esse tipo de empréstimo é disponibilizado para beneficiários do INSS, servidores públicos e colaboradores de empresas credenciadas.
As taxas de juros cobradas nesse tipo de empréstimo costumam ser significativamente mais baixas do que as aplicadas em outras modalidades, uma vez que o credor conta com a garantia de pagamento direto da folha salarial do tomador.
A principal desvantagem dessa modalidade é que o pagamento das parcelas é realizado automaticamente via desconto na folha de pagamento. Entretanto, essa forma de pagamento também oferece vantagens, como a eliminação da preocupação com o esquecimento de pagar as parcelas, além de um risco de inadimplência bem menor, devido à segurança no recebimento.
Como o desconto é realizado diretamente no salário, o limite máximo para o pagamento mensal é de 30% do valor do salário do solicitante. Assim, o valor total do empréstimo pode variar de acordo com o salário do tomador e a quantidade de parcelas desejada.
3. Empréstimo rotativo
O empréstimo rotativo está diretamente associado ao uso do cartão de crédito. Quando o titular do cartão opta por pagar um valor inferior ao total da fatura, o valor restante automaticamente contrai um empréstimo junto ao banco para cobrir essa quantia. Por sua vez, o banco realiza o pagamento desse valor faltante, que é cobrado nas faturas subsequentes, acrescido de juros que, frequentemente, são extremamente elevados.
Além disso, caso o consumidor não consiga quitar o valor integral na fatura seguinte, a instituição financeira é obrigada a oferecer uma alternativa de crédito, que pode ser parcelada e deve necessariamente apresentar condições mais favoráveis que o crédito rotativo.
De todo modo, a recomendação é evitar esse tipo de empréstimo, em virtude das taxas de juros altas que são aplicadas quando o crédito rotativo é acionado. Esse tipo de empréstimo é normalmente ativado automaticamente em caso de não pagamento da fatura.
Em resumo, o crédito rotativo é oferecido quando a pessoa não consegue pagar a fatura do cartão de crédito integralmente. Em essência, entrar no rotativo significa que o cliente está pagando juros sobre o montante que não conseguiu liquidar, o que pode gerar um acúmulo de dívida considerável se não for controlado.
4. Cheque especial
O cheque especial é uma modalidade de crédito pré-aprovado oferecida por alguns bancos, que permite que a pessoa realize saques ou pagamentos além do saldo disponível em sua conta corrente. Ou seja, é uma modalidade de empréstimo que é ativada automaticamente quando se realiza uma transação com um valor superior ao que se possui em conta.
Essa linha de crédito é bastante similar ao empréstimo pessoal em termos de vantagens e desvantagens. Isso porque, normalmente, os bancos já disponibilizam o cheque especial como um limite embutido na conta corrente, podendo ser utilizado a qualquer momento.
Entretanto, assim como o empréstimo rotativo, é crucial estar atento às taxas de juros, que são bem altas. Por conta das elevadas taxas de juros, o cheque especial deve ser usado com cautela e, até mesmo, se possível, evitado.
Ou seja, embora ofereça fácil acesso ao crédito em momentos de necessidade, o custo financeiro pode se tornar custoso se o saldo devedor não for quitado rapidamente.
5. Financiamento estudantil
Os empréstimos estudantis, conhecidos como crédito universitário ou financiamento estudantil, são destinados a ajudar estudantes a pagar seus estudos, especialmente cursos superiores. Essa modalidade de crédito é oferecida para estudantes que já ingressaram ou desejam ingressar em uma universidade privada, e geralmente apresenta taxas de juros mais baixas em comparação a outros tipos de empréstimos.
O crédito universitário funciona de maneira semelhante a um empréstimo pessoal: o estudante contrata o crédito e obtém a quantia necessária para cobrir as mensalidades do curso escolhido. No entanto, as demais despesas relacionadas aos estudos, como matrícula e material didático, precisam ser assumidas pelo aluno. No entanto, é preciso deixar claro que o valor contratado deve ser utilizado exclusivamente para os estudos, já que muitos financiamentos exigem a comprovação do uso.
A devolução do dinheiro emprestado é realizada por meio de parcelas distribuídas ao longo de um período prolongado, que pode variar bastante. isso porque, dependendo das condições do contrato, essas parcelas podem começar a ser pagas durante o curso ou somente após sua conclusão.
Como a ideia principal é viabilizar o acesso à educação superior, esse tipo de empréstimo busca ajudar o estudante a obter um diploma universitário sem comprometer a renda familiar, optando por juros mais baixos e facilidade na hora do pagamento. Afinal, as mensalidades de alguns cursos ou instituições podem ser de difícil acesso para pessoas de classe média ou baixa.
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6. Financiamento de imóvel ou veículo
O financiamento é uma modalidade de crédito em que o cliente é limitado a utilizar os recursos cedidos pela instituição financeira para um fim específico, como a compra de um carro ou um imóvel. Em essência, o financiamento pode ser considerado um tipo de empréstimo, que como outros é ofertado por uma instituição financeira, que empresta o valor que deve ser pago em um prazo preestabelecido acrescido de juros.
Nesse tipo de crédito, uma característica fundamental é a necessidade de uma garantia para o empréstimo do dinheiro. Como, geralmente, no financiamento, o dinheiro é utilizado para a aquisição de um bem, o próprio bem que está sendo adquirido é a garantia. Dessa forma, se o pagamento das parcelas atrasar e houver inadimplência, o bem financiado pode ser recuperado pela instituição financeira, e até mesmo ser leiloado.
Em poucas palavras, o financiamento representa uma antecipação de crédito, ou seja, é um contrato entre a pessoa física ou jurídica que necessita de dinheiro e uma instituição que o fornece, como bancos e cooperativas. Essa modalidade é usada para fins específicos, permitindo a aquisição de bens de alto valor com condições de pagamento facilitadas.
Os principais tipos de financiamento incluem:
- Financiamento de imóvel: Ideal para quem deseja adquirir a casa própria. Após pagar uma entrada, o restante do valor é parcelado em linhas de médio e longo prazo, dependendo das condições contratuais. Esta modalidade é válida para residências de todos os tipos e também para espaços comerciais.
- Financiamento de veículos: Utilizado para a compra de motocicletas, automóveis e outros veículos de passeio. É a escolha ideal para quem precisa de um veículo imediatamente e não pode esperar pela contemplação em um consórcio. Também é ideia pagar uma entrada e o restante parcelar.
Por fim, no financiamento, é importante ressaltar que o dinheiro só pode ser utilizado para o fim específico definido no contrato. A liberação do financiamento está sempre sujeita à análise de crédito por parte da instituição financeira.
Refinanciamento de imóvel
O refinanciamento é uma modalidade em que o proprietário entrega um imóvel quitado, em seu nome, como garantia de pagamento. Devido a isso, normalmente os juros oferecidos nesse tipo de empréstimo são menores e os prazos de pagamento bem maiores. Nesse caso, o imovel para a garantia precisa passar por uma vistoria para avaliação de valor. Assim, como qualquer empréstimo com garantia, em caso de inadimplência existe o risco de perda do bem.
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8. Antecipação da restituição do IR ou do 13º salário
O empréstimo da Restituição do Imposto de Renda (IR) permite ao correntista receber esse valor antes da data oficial indicada pela Receita Federal. Normalmente, as taxas de juros não são tão altas devido à garantia de pagamento, uma vez que o valor será depositado diretamente pelo governo.
No entanto, o prazo para quitação é curto, devendo ser finalizado, quase sempre, ainda no mesmo ano. Emprestando pelo IR, um risco associado é a possibilidade de a declaração cair na malha fina, o que pode atrasar ou impedir o recebimento da restituição, deixando o correntista sem recursos para pagar o empréstimo.
A antecipação do 13º salário funciona de maneira semelhante ao empréstimo da restituição do IR. Nesse caso, o banco antecipa o valor desse salário, cobrando juros sobre a operação. Quando o 13º salário é depositado, o banco fica com o valor, acrescido dos juros.
Apesar de os juros serem geralmente baixos, a modalidade apresenta desvantagens, como pouca flexibilidade para pagamento e a necessidade de quitar o empréstimo ainda no mesmo.
Tanto na antecipação da restituição do IR quanto na do 13º salário, os bancos não enfrentam grandes riscos, pois o dinheiro é depositado diretamente na conta do correntista. Entretanto, além dos juros mais altos, há o risco de se iniciar um ciclo de endividamento, especialmente se a restituição do IR for menor do que o esperado ou ficar retida pela Receita, caso em que o banco pode recorrer ao limite da conta corrente para receber o valor devido.
9. Empréstimo para PJ e Microempreendedores
Em momentos de crise ou para aproveitar oportunidades de crescimento, buscar crédito empresarial pode ser fundamental para o desenvolvimento dos negócios. Existem várias opções de empréstimos para pessoas jurídicas, os PJ, disponíveis no mercado.
Esses tipos de crédito diferem das modalidades oferecidas para pessoas físicas e podem atender empresas de diversos portes, desde grandes até os microempreendedores.
Entre os principais tipos de empréstimos para empresas estão o capital de giro, a antecipação de recebíveis, o financiamento de insumos e equipamentos e o financiamento de energia renovável, este último focado em tornar a empresa mais sustentável.
Além dessas modalidades mais tradicionais, existem linhas de crédito específicas para pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs), geralmente oferecidas com condições especiais. O microcrédito é uma das opções mais comuns e essas linhas de crédito costumam ter taxas de juros reduzidas.
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